Pelo interior de Caxias: Estrada do Imigrante - Terceira Légua
O local
Caxias do Sul é uma cidade com cerca de 500 mil habitantes e teve sua matriz na colonização italiana. Mais do que isso, a Capital da Serra Gaúcha é uma cidade industrial e (por que não?) turística. É o local onde a cultura italiana une-se perfeitamente com a cultura gaúcha, num casamento que reúne o folclore, a culinária, a eno cultura, dentre outros elementos que a tornam única.
É no interior da cidade de pouco mais de 1600 Km² que a influência dos colonizadores oriundos, em sua maioria, da região do Vêneto se faz mais forte. A Estrada do Imigrante, que inicia junto à Rua Júlio Calegari, na Zona Sul de Caxias do Sul, é um exemplo disso. Trata-se de um roteiro turístico repleto de atrações e surpresas, que veremos a seguir.
Atualmente, o município de Caxias do Sul é composto por sete distritos. A divisão territorial em léguas ocorreu no século XIX, quando ainda era colônia, antes de ser anexado ao município de São Sebastião do Caí, como seu 5º distrito. A colônia media 17 léguas.
Atualmente, o município de Caxias do Sul é composto por sete distritos. A divisão territorial em léguas ocorreu no século XIX, quando ainda era colônia, antes de ser anexado ao município de São Sebastião do Caí, como seu 5º distrito. A colônia media 17 léguas.
Onde fica:
A Estrada do Imigrante inicia na Rua Júlio Calegari, no Bairro São Caetano. Para chegar lá, utilizamos a Avenida Perimetral Bruno Segalla, no sentido à BR-116. Depois, seguimos à direita, pela Avenida Bom Pastor, em um cruzamento com semáforo e seguimos as placas de indicação dos pontos turísticos. Ver detalhes
O que fazer:
À medida que saímos do perímetro urbano, entendemos porque este trecho de estrada municipal é chamada de Estrada do Imigrante. Além do belo pórtico, no início da rota, o visitante é envolto por uma paisagem constituída de videiras, casarões antigos, ao estilo italiano, vales e montanhas. A religiosidade típica dos imigrantes também se faz presente nas singelas capelinhas das comunidades, como a Capela São João Batista.
Na entrada da Terceira Légua, a placa de boas vindas evidencia a especialidade da região.
Ao chegarmos na Terceira Légua, esta casa de 101 anos nos chamou a atenção. Ela é utilizada como pousada, museu e também possui um ponto de comercialização de produtos coloniais como pães, doces, embutidos e queijos. Aqui, o visitante poderá também apreciar um bom café colonial, mediante agendamento prévio.
O curioso é que estas casas não eram construídas com madeira de lei, mas sim com madeira extraída de pinheiros, que é reconhecidamente frágil. Segundo moradores locais, os antigos construtores usavam técnicas especiais de plantio e extração da madeira, sempre na Lua Minguante. Depois, tratavam-na com óleo queimado, para inibir infestações de cupins e aumentar sua vida útil.
A rusticidade das edificações associada a belos jardins tornam o local magnífico.
A casa em miniatura chamou a atenção das crianças.
Alguns metros depois, chegamos à Igreja de São Pedro e São Paulo, uma imponente edificação construída no início do século XX.
Passando pela Paróquia de São Pedro e São Paulo, cem metros depois, há um entroncamento sinalizado por placas. Seguimos à esquerda, rumo a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes da Terceira Légua. A estrada é pavimentada até a entrada do parque da gruta. No caminho, paramos para admirar esta bela vista das montanhas, rochedo e videiras.
O parque da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes é movimentado aos finais de semana. Fiéis, turistas e praticantes de esportes como o ciclismo e o rapel frequentam este local encantador e curioso.
Depois de entrarmos no parque, à direita há bares e à esquerda, o caminho até a gruta. O acesso se dá por uma íngreme e impressionante escadaria de 150 degraus, construída para vencer um desnível de cerca de 35 metros. Logo no início dela, há uma cruz sobre um refúgio que serve também como mirante. Dali, avista-se uma cachoeira.
A descida requer cuidado.
A rocha vulcânica que compõe a gruta impressiona pelo tamanho.
A partir da gruta, há uma trilha pela mata, até a cachoeira de cerca de 60 metros de altura.
Seguindo em direção à comunidade de São Luiz, o trecho ainda reserva mais surpresas, como este belíssimo visual à margem da estrada.
Até a localidade de São Luiz, a Estrada do Imigrante é pavimentada. Depois disso, não há pavimento e a estrada fica estreita. Paramos para fotografar a centenária Capela São Luiz.
Percorrer a Estrada do Imigrante, degustar um café colonial ou até bons queijos e vinhos e desfrutar de paisagens magníficas é um excelente passeio de domingo, dentre muitos que o interior de Caxias do Sul reserva!
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