O caminho dos moinhos de Ilópolis
O local:
Cascatas, moinhos, ervais, belas paisagens e muita hospitalidade. Assim é Ilópolis, uma pequena cidade de menos de 5 mil habitantes, localizada no Alto Vale do Taquari, junto ao Caminho dos Moinhos. Com a população formada predominantemente por descendentes de imigrantes italianos, Ilópolis começou a ser colonizada no início do século XX. Seus primeiros habitantes trouxeram os grãos, que foram cultivados durante décadas na região. A produção de grãos necessitava de beneficiamento, por isso, foram construídos os moinhos.
Os anos foram passando, o clima foi mudando gradativamente e a região passou a não ser mais tão produtiva para a cultura de grãos e cereais. Enfim, foram-se os grãos, mas os velhos moinhos ficaram, alguns ainda beneficiando grãos, enquanto outros acabaram sendo utilizados para outros fins, mas todos eles seguem contribuindo para a formação da história do desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
Os anos foram passando, o clima foi mudando gradativamente e a região passou a não ser mais tão produtiva para a cultura de grãos e cereais. Enfim, foram-se os grãos, mas os velhos moinhos ficaram, alguns ainda beneficiando grãos, enquanto outros acabaram sendo utilizados para outros fins, mas todos eles seguem contribuindo para a formação da história do desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
Hoje, a cidade do Turismate também é a cidade de um dos únicos museus do pão do mundo! Museu que romantiza a época em que o trigo era produzido na região e transformado em pão. Mas não é só de moinhos que vive a pequena Ilópolis. A natureza aqui também deu generosa contribuição, com a bela Cascata da Baleia, uma queda d'água em meio a uma reserva de mata nativa.
Onde fica:
Ilópolis localiza-se há 194 quilômetros de Porto Alegre, na região denominada Alto Vale do Taquari, região caracterizada por altitudes médias acima dos 500 metros e relevo que mescla planaltos e vales. O principal acesso à cidade se dá pela RS-332, rodovia que inicia em Encantado, no Vale do Taquari e percorre todo o Caminho dos Moinhos. O trevo de acesso à cidade é bem sinalizado e anuncia: "Cidade da Erva-mate". Ver detalhes
O que fazer:
Toda a cidade possui sua praça, entretanto, é impossível ficar indiferente à bela Praça Itália, no centro da cidade. Trata-se de um quarteirão inteiro de área de lazer e com decoração encantadora!
Até o velho forno de barro não foi esquecido e serve de ornamento da praça. Ao lado, há uma loja de artesanato.
Ao lado do chafariz, a cuia e a chaleira lembra-nos de que estamos na cidade da erva-mate, principal ingrediente do tradicional chimarrão. É a pequena cidade se recriando: o que antes eram trigais, hoje são ervais, e a vida continua!
Na decoração, beleza e rusticidade formam um casamento perfeito!
Em frente à praça, na Rua Expedicionários, a Igreja Matriz de Ilópolis, o Santuário São Paulo Apóstolo, tem sua escadaria de acesso vigiada pelos Doze Apóstolos de Cristo, esculturas de concreto que tornam a visitação ainda mais convidativa.
Localizado há um quarteirão de distância da Praça Itália, na esquina das ruas Sete de Abril e Padre José da Silva Koling, o Museu do Pão é um espaço cultural idealizado pela iniciativa privada e aberto à visitação.
O Museu do Pão de Ilópolis é um dos únicos do gênero no mundo. Além da sua temática interessantíssima, retratando a produção de um dos símbolos da alimentação humana, o museu conta com guias e o atendimento é excelente. O conjunto arquitetônico é formado pelo Moinho Colognese, uma edificação do início do século XX e totalmente restaurada, além da Bodega e da Oficina de Panificação.
O passeio no Museu do Pão é guiado e inicia no memorial, onde há uma linha do tempo da produção de pão. Não por acaso, ele é o símbolo da alimentação humana, pois faz parte da nossa história desde os primórdios da sociedade. O passeio segue com um breve vídeo, contando um pouco sobre a história dos moinhos gaúchos.
Depois do vídeo, fomos conhecer a Bodega, onde as iguarias produzidas no local podem ser degustadas. Para quem quiser aprender sobre a arte da panificação, a Oficina de panificação oferece cursos desta área. Já o Moinho Colognese é um charmoso casarão em madeira sem pintura, totalmente restaurado dotado de equipamentos originais, tal como era na época dourada dos moinhos. O horário de atendimento no Museu do Pão é de terças a sábados, das 08:30 às 11:30 e das 13:30 às 17:00. Aos domingos e feriados, o atendimento ocorre das 13:30 às 17:00. Lembrando que nos feriados de Natal, Páscoa, Sexta Feira Santa e 1º do Ano, não há atendimento. A visitação é gratuita.
Após o passeio no museu, seguimos para outro símbolo de Ilópolis, o Parque do Ibama, um local dotado de área de lazer e um museu a céu aberto, em meio a um erval.
Como o quiosque central do parque estava sendo utilizado, não o fotografamos. Ele possui uma estrutura com churrasqueira e banheiros. O museu a céu aberto são equipamentos antigos de beneficiamento de grãos e folhas, posicionados em meio a uma plantação de erva mate.
A moagem das folhas de erva mate ocorria em locais como este.
Mas não podia faltar o famoso manjolo, que substituía o trabalho braçal feito no pilão. O manjolo utilizava energia hidráulica para executar o trabalho de triturar grãos e folhas através de golpes originados pelo efeito gangorra.
A roda d'água originava o torque necessário ao movimento da moenda. Esta, por sua vez, recebia a energia hidráulica através de correias de couro ou engrenagens, movimentando os pistões que trituravam os grãos ou folhas. Um sistema primitivo, porém, engenhoso.
A atração seguinte foi a Cascata da Baleia, uma exuberante queda d'água localizada em meio à mata atlântica. A placa da entrada da trilha de acesso já adverte sobre o desafio. A trilha é curta, porém, íngreme e com degraus irregulares.
A trilha possui um corrimão improvisado, mas que ajuda bastante no trajeto em meio à mata.
Ao final do nosso roteiro pela cidade, circundamos o Lago Verde, um lago artificial construído inicialmente para fornecer energia hídrica a uma usina e que hoje, é um dos cartões postais da cidade.
Após desativada a usina, o lago permaneceu e se tornou uma das diversas áreas de lazer nas proximidades do centro de Ilópolis.
De uma simples caminhada ao seu entorno a um acampamento, o Lago Verde oferece um cenário propício e inspirador.
Depois de mais um passeio interessantíssimo no Caminho dos Moinhos, percebemos que esta fatia do Rio Grande do Sul, ainda pouco conhecida e desbravada pelo turismo, merece uma atenção maior.
Aos poucos, Ilópolis está ascendendo para o turismo e já recebe visitantes de diversas partes do Brasil. Na ocasião da nossa visita, transitavam pela cidade carros com placas de diversas localidades, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e os tradicionais veículos alugados, com placas de Belo Horizonte.
O site oficial do turismo em Ilópolis é www.ilopolis-rs.com.br/turismo. Acesse também nossa página no Facebook e confira mais fotos e fatos deste e de diversos outros lugares incríveis da nossa região.
Até a próxima!
Ir ao resumo
Comentários
Postar um comentário