Rota do Vale do Rio das Antas, Bento Gonçalves, RS

O local:

O Vale do Rio das Antas é mais do que um mero obstáculo natural que separa as cidades de Bento Gonçalves e Veranópolis, na Serra Gaúcha. É um trecho sinuoso, mas de beleza ímpar. O roteiro, dentro do município de Bento Gonçalves, possui extensão de cerca de 16 quilômetros, do início, na localidade de São Valentim, até a Ponte Ernesto Dorneles, com sua impressionante estrutura em arco. Neste roteiro, há um trecho de serra com pouco mais de 7 quilômetros e um desnível a ser vencido de cerca de 500 metros. Além das belezas naturais, o roteiro possui diversas atrações, como restaurantes, quiosques que comercializam produtos coloniais, vinícolas, uma cervejaria e até uma destilaria e pousada.

Em uma região já abastada de belos roteiros compostos por vales, montanhas e vinhedos, o Vale do Rio das Antas não fica para trás. Nem mesmo os motoristas que apenas transitam por ali, conseguem ficar indiferentes.

Onde fica: 

A descida do Vale do Rio das Antas, no lado bento-gonçalvense, inicia na localidade de São Valentim, logo após o entroncamento da BR-470 com a RS-431, e segue até a Ponte Ernesto Dorneles, sobre o Rio das Antas, na divisa com o município de Veranópolis. O roteiro completo inclui a Estrada Buarque de Macedo, em São Valentim, onde localiza-se uma vinícola e bistrô, além de uma cervejaria. Ver detalhes

O que fazer:

O trecho de serra inicia nesta curva, no Belvedere da Ferradura. Não por acaso, a velocidade indicada na placa é de 40 Km/h. A curva é acentuada e perigosa.

Após a curva, há um estabelecimento comercial e um mirante. Dali, avista-se um trecho do Rio das Antas que tem a forma de uma ferradura. Uma vista realmente impressionante, que inspirou um casal a acomodar-se em suas cadeiras de praia e permanecer ali, admirando e tomando um chimarrão, à sombra de uma árvore.

Cerca de 1,5 Km depois, há outro mirante, ao lado da antiga linha férrea. Dali, o rio fica mais próximo.

Cerca de 1,5 Km antes da ponte, localiza-se a Casa Bucco, uma destilaria que, desde 1925, produz cachaças artesanais, grapas, além do refinado brandy, popularmente conhecido pelo nome da região em que teve origem: conhaque, de Cognac, na França. O brandy ou conhaque é produzido através da destilação do vinho.

O tour na Casa Bucco inicia por uma cordial recepção. Depois, o visitante é apresentado a todas as etapas do processo de fabricação das bebidas destiladas.

A primeira etapa é a fermentação, onde o caldo irá sofrer a ação das leveduras, fungos que atuarão na transformação do açúcar em álcool. 

Após sofrer o processo de fermentação, o mosto resultante é fervido dentro de um alambique de cobre, em um processo que aumenta o teor alcoólico a cerca de 38%, além de eliminar materiais nocivos à saúde humana, como ácidos, alguns tipos de alcoóis, além de resíduos de moagem e micro-organismos.  

Após a destilação, ocorre o processo de envelhecimento da bebida, geralmente em barris de carvalho. Em alguns casos, são utilizados outros tipos de madeira na composição dos barris. O tipo de madeira irá garantir boa parte do aroma presente no produto final.

Nestes barris, descansam diversos tipos de bebidas destiladas, aguardando o ponto certo para o envasamento e comercialização.

Ao lado da destilaria, tem-se uma vista incrível da ponte e do rio.

Além da destilaria, a Casa Bucco conta com uma pousada e um restaurante.

No espaço para degustação, são ostentados os prêmios e certificações obtidas pela casa, fruto de seus excelentes produtos e um ótimo atendimento aos visitantes.

Após a degustação, o visitante é conduzido ao varejo, onde poderá adquirir os produtos da casa. Aqui, até quem não é fã de cachaça passa a admirá-la. O site da Casa Bucco é http://www.casabucco.com.br/.
Agradecemos à equipe da Casa Bucco por seu atendimento cordial e atencioso e também pelos seus excelentes produtos, mostrando porque o estabelecimento é premiado!

Logo após a Casa Bucco, encontra-se a Ponte Ernesto Dorneles. Uma imponente estrutura de concreto apoiada por arcos. A dica aqui é parar no restaurante, ao lado da ponte, pedir um caldo de cana bem gelado e apreciar a paisagem. O restaurante também serve refeições, lanches rápidos e produtos coloniais diversos.

Uma curiosidade sobre estes arcos é que eles eram utilizados como rampa para manobres de moto. Para inibir esta prática perigosa, foram instaladas proteções de concreto em suas junções com as laterais da pista. No detalhe da foto, o motociclista sobre a ponte dá a ideia da altura dos arcos.

Este ponto do Rio das Antas é utilizado para a prática de esportes aquáticos, por ter sido beneficiada pela construção da barragem da Hidrelétrica 14 de Julho. Como o rio ficou mais profundo, ganhou alguns quilômetros de extensão navegável.

Sobre a ponte, encerra-se o roteiro do Vale do Rio das Antas, pelo lado de Bento Gonçalves. E encerramos com esta vista.

O Vale do Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis é, sem dúvidas, uma das paisagens mais bonitas e icônicas da Serra Gaúcha. Entretanto, recomenda-se cautela ao trafegar pelo trecho de serra, pois são comuns os acidentes, principalmente envolvendo caminhões. Pontos de ultrapassagens são escassos, o que requer paciência. Das atrações do roteiro, algumas serão mostradas futuramente.

Veja mais fotos deste e de outros lugares incríveis da nossa região em nossa página no Facebook. 

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Até a próxima!

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