Turismo Cultural na Região das Missões - RS
O local:
Parte importante da História do Rio Grande do Sul, as Missões Jesuíticas foram formações de aldeias ou cidades indígenas, em pleno Brasil Colonial, administradas por religiosos Jesuítas europeus, os quais chegaram à América juntamente com os primeiros colonizadores. Tinham como principal objetivo a formação de grupos indígenas catequizados, alfabetizados e civilizados conforme os padrões europeus da época. Embora o movimento tenha ocorrido em diversos países das Américas do Norte e do sul, seus principais resquícios encontram-se no noroeste do Rio Grande do Sul, onde, entre os Séculos XVII e XVIII, Jesuítas espanhóis administraram a construção de 7 povoados, sendo o de São Miguel Arcanjo o maior deles. O legado histórico e cultural que o episódio representa chamou a atenção da UNESCO, que reconheceu recentemente as ruínas da redução de São Miguel Arcanjo como Patrimônio da Humanidade.A Redução Jesuítica de São Miguel Arcanjo, além de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, é reconhecida pela UNESCO como um dos mais importantes roteiros culturais do mundo.
Onde fica:
A principal rota de acesso à região das Missões é a BR-285, uma rodovia que cruza o sul do país de leste a oeste. Vai de São Borja, no extremo oeste ao entroncamento com a BR-101, no litoral catarinense, passando por cidades importantes do norte gaúcho, como Vacaria, Passo Fundo e Ijuí.O acesso a Santo Ângelo se dá pela BR-392, rodovia que passa antes pela pequena cidade de Entre Ijuís. No entroncamento com a BR-285, uma grande cruz missioneira indica o caminho. Ver detalhes
Já o acesso a São Miguel das Missões se dá pela RS-536. Após o entroncamento com a BR-285, são cerca de 16 quilômetros. Ver detalhes
O que fazer:
Nosso passeio iniciou na bela cidade de Santo Ângelo, hoje considerada a Capital Missioneira, por ser a maior da região. Dentre suas atrações, a imponente Catedral Angelopolitana, com sua arquitetura ao estilo Barroco e semelhança à antiga igreja de São Miguel Arcanjo.
Com capacidade para cerca de 800 pessoas, a Catedral mantem à sua volta vestígios da Redução Jesuítica de San Ángel Custódio. Alguns escavados recentemente e mantidos visíveis aos visitantes, porém, com proteções de vidro para garantir sua conservação.
Ao lado da Catedral, o prédio da Prefeitura segue os mesmos traços arquitetônicos do Barroco e complementa o visual.
Em frente à Catedral, outro local mereceu nossa atenção: a bela Praça Pinheiro Machado. Os arcos e o chafariz complementam o panorama. Na ocasião, o chafariz estava em manutenção e, portanto, desativado.
Ao lado oeste da praça, encontra-se o Museu Municipal Dr. José Olavo Machado, que possui um rico acervo de objetos antigos doados por famílias da região. Na ordem das fotos a seguir: um recipiente sobre rodas para transporte de vinho, artefatos indígenas utilizados como armas, um vaso artesanal de cerâmica indígena, uma roca de tear, instrumentos cirúrgicos, adornos militares e a maquete da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio.
Ao lado da igreja, um cemitério e resquícios das edificações da redução utilizadas como moradias. No museu, artefatos de cerâmica e imagens de madeira, remanescentes do conflito que acabou com o movimento Jesuítico. a maior parte do acervo sofreu algum dano em decorrência da batalha. Imagens com braços e pernas quebradas,
À noite, somos convidados a assistir ao espetáculo de som e luzes, que narra a história dos Sete Povos das Missões e a saga do Índio Sepé Tiaraju, mártir que defendeu com sua vida a causa Jesuítica e as terras que ocupavam. A apresentação tem duração de cerca de 50 minutos e alterna luzes de diferentes formas e cores, enquanto a história é contada. O ingresso custou R$7,50. Tivemos sorte, pois naquela noite haviam nuvens carregadas no céu e os relâmpagos pareciam fazer parte do espetáculo!
Em frente à Catedral, outro local mereceu nossa atenção: a bela Praça Pinheiro Machado. Os arcos e o chafariz complementam o panorama. Na ocasião, o chafariz estava em manutenção e, portanto, desativado.
Depois de mergulharmos na história de Santo Ângelo, fomos até São Miguel das Missões, distante cerca de 65 quilômetros. Para chegar até lá, seguimos pela RS-392, até o trevo de Entre-Ijuís, depois pela BR-285 até o entroncamento com a RS-536, onde um imponente pórtico recepciona os turistas. Na parte superior, a frase, escrita em Guarani, que imortalizou Sepé Tiaraju: Co Yvy Oguereco Yara (em Português, "Esta terra tem dono").
Na recepção, pagamos R$5,00 por pessoa para acessar o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo. No interior do sítio, há um museu e guias para orientar os visitantes, além da ainda imponente igreja de pedras avermelhadas, construída entre os anos de 1735 e 1750, principal vestígio da antiga redução Jesuítica.
Em frente ao museu, o poço que abastecia o povoado. Durante o conflito que dizimou os Sete Povos das Missões, a água foi envenenada para garantir a total desocupação do local.
À noite, somos convidados a assistir ao espetáculo de som e luzes, que narra a história dos Sete Povos das Missões e a saga do Índio Sepé Tiaraju, mártir que defendeu com sua vida a causa Jesuítica e as terras que ocupavam. A apresentação tem duração de cerca de 50 minutos e alterna luzes de diferentes formas e cores, enquanto a história é contada. O ingresso custou R$7,50. Tivemos sorte, pois naquela noite haviam nuvens carregadas no céu e os relâmpagos pareciam fazer parte do espetáculo!
Além dos pontos turísticos, a região das Missões possui uma gama de hotéis, pousadas, bares e restaurantes, a fim de tornar o passeio ainda mais prazeroso. A dica é reservar com certa antecedência, pois a região é bastante procurada por turistas do Brasil inteiro. Para mais informações, acesse o site http://www.portaldasmissoes.com.br.
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